26ª Lavagem das Escadarias

A 26ª Lavagem das Escadarias da Catedral Metropolitana de Campinas, realizada todos os anos no Sábado de Aleluia, mistura fé, religião, tradição e cultura e celebra a resistência dos povos negros vindos de todas as partes do território africano, com seu rico legado cultural e religioso.

O ato religioso não fica apenas por conta do ritual de lavagem das escadarias. Antes disso, os participantes fazem uma procissão que sai da Estação Cultura e desce pela rua 13 de Maio em direção à Catedral.

Durante o dia, várias atividades culturais e sociais são oferecidas para o público que se aglomera para prestigiar o evento. Este ano, mais de 30 grupos vão se apresentar na praça José Bonifácio, onde fica a Catedral, entre eles: Jongo, Congada, Folia de Reis, Catira, Dança Afro, Capoeira, Hip Hop, Rap, entre outros. No local ainda haverá barracas de comidas típicas. A expectativa é de um público de mais de três mil pessoas.

Confira a programação:

09h00 - Concentração na Estação Cultura
10h00 - Descida em procissão pela Rua 13 de maio

Apresentações culturais em frente a Catedral Metropolitana
09h00 - Grupo Teatro Savuru
09h30 - Bateria Alcalina
10h00 - Dança e Percussão do Ilê Omonibu Axé Beje-erro
11h00 - 13h00 - Cerimônia Religiosa e Lavagem da Escadaria
13h00 - Orquestra Tambores de Aço - Casa de Cultura Tainã
13h40 - Afoxé - Grupo Afro Ubassa Ilú Menino Levado / Porto Maracatu
14h30 - Sandália de Prata
15h10 - Grupo Urucungos, Puitas e Quijengues
15h40 - Tambores de Ouro
16h10 - Ponto de Cultura IBAÔ

Mais em: http://www.campinas.com.br/cultura/noticia/lavagem-das-escadarias-ocorre-neste-sabado-na-catedral-metropolitana-20110420

Foto: http://www.flickr.com/photos/54663147@N02/5062525802/in/photostream

Festa Boi Falô!

Nesta sexta-feira, dia 22, tem a Festa do Boi Falô na praça Maoel Siqueira, na Av Santa Isabel, em Barão Gerald0 (atrás da Escola Barão Geraldo de Rezende, em frente ao Hortifruti OBA). A Festa começa as 9h e a entrada é gratuita!

A Lenda

Parte do folclore do distrito de Barão Geraldo, a lenda do "Boi Falô", de acordo com relatos, surgiu em 1888, na fazenda Santa Genebra, pertencente ao Barão Geraldo de Rezende.

Um dos escravos que trabalhava nas plantações foi obrigado pelo capataz a arar a terra em uma Sexta-Feira Santa. Mesmo relutante em trabalhar em dia santo, pois tinha muita fé, o escravo chamado Toninho, obedeceu a ordem e foi atrelar o boi para iniciar o trabalho.

Deitado embaixo de uma árvore, o boi não se mexia diante das tentativas de Toninho de atrelar as cangas. Diz a lenda que o animal olhou para o escravo, deu um mugido aterrorizante e disse bem alto: “Hoje é dia Santo, é dia do Senhor, não é dia de trabalho”.

Assustado, Toninho saiu em desabalada carreira gritando: "O Boi Falô, O Boi Falô!". Ao chegar na Casa Grande, ele contou ao Barão o que havia ocorrido e naquele dia ninguém trabalhou. O Barão, que era homem descrente, virou rezador e Toninho virou escravo doméstico, trabalhando dentro da casa até sua morte, quando foi enterrado ao lado do Barão Geraldo de Rezende, por seus serviços prestados à família.

Outra versão, menos popular, conta que o capataz açoitou o escravo, que morreu como mártir e virou protetor dos que nele acreditam.